Acompanhamento

Introdução

No início do curso, o instrutor se apresentará e fornecerá uma visão geral do curso.

Sobre o Instrutor: O instrutor fará uma breve apresentação pessoal para que todos possam conhecê-lo.

Sobre o Curso: O curso será dividido em duas etapas: a primeira etapa é teórica e a segunda é prática.

É importante ressaltar que, após a conclusão deste curso, qualquer erro cometido nos procedimentos resultará na perda do certificado de realização. O oficial terá que refazer o curso para obter a certificação novamente.

Pilotagem

  1. Curvas: Realizar curvas de forma segura e controlada, mantendo a estabilidade do veículo.

  2. Calçadas e Meio-fio: Evitar passar por cima de calçadas e/ou meio-fio, exceto em casos de emergência justificados.

  3. Controle de Freio e Acelerador: Manter o controle sobre o freio e o acelerador, dosando-os adequadamente.

  4. Trajeto: Seguir o mesmo trajeto do veículo acompanhado, ajustando apenas para corrigir erros cometidos pelo mesmo.

Acompanhamento

Acompanhamento a Pé: Durante um acompanhamento a pé, é necessário aguardar pelo menos 5 minutos antes de aplicar a manobra de "Cabeçada" para imobilizar o indivíduo. Após a queda, o indivíduo deve ser imediatamente algemado.

Acompanhamento Aquático: Em casos de fugas na água, é permitida a neutralização não letal utilizando golpes físicos, como socos, em situações de menor periculosidade.

Acompanhamento Veicular

A estrutura de um acompanhamento veicular é baseada na coordenação entre as viaturas primária, secundária e terciária.

  1. Primária: Responsável por liderar o acompanhamento, incluindo manter o visual do suspeito, fazer a modulação na rádio caso outras QSv percam o visual (Lembrando que as QSV´s tem o GPS e pode ser utilizado para retomar o visual caso o perca) e, se necessário, (Solicitar)liberar o código 5.

  2. Secundária: Deve manter-se próxima à primária e assumir a liderança caso a primária precise interromper a perseguição (dar QTA). Além disso, é responsável por coordenar cercos e bloquear possíveis rotas de fuga.

  3. Terciária: A viatura terciária é responsável por realizar o cerco e se adiantar em caso de becos ou rotas de fuga. Se ocorrer um acidente envolvendo civis, a viatura terciária deverá dar um breve QTA para prestar apoio.

    Cerco vs. Roadblock:

    • Cerco: É feito parcialmente, nunca fechando 100% do beco ou da via, para permitir uma abordagem segura.

    • Roadblock: Consiste no bloqueio total de uma via ou beco. Deve ser utilizado quando o suspeito passar pelo mesmo beco mais de duas vezes, para impedir a fuga.

    Solicitação de Unidades Específicas:

    • MARRY: Caso seja necessário o apoio da MARRY, a solicitação deve ser feita pela mesma rádio do Departamento, no caso da DPD.

    • Aéreo: Se for necessário o apoio aéreo, a solicitação deve ser feita diretamente na rádio do Departamento, no caso da DPD.

Funções Compatilhadas

Em um acompanhamento, as funções são frequentemente compartilhadas entre as viaturas (VTRs) e dentro de cada uma delas.

QTA (Quit Temporarily Absent): É crucial informar o QTA e o motivo para que as demais VTRs saibam e não contem com sua presença na QRU. Por exemplo, durante uma QRU, a viatura primária pode se encontrar em uma situação de risco e, sem o devido aviso de QTA, pode contar erroneamente com sua presença. Os únicos motivos válidos para retornar de um QTA são para prestar auxílio a um civil acidentado durante o acompanhamento ou em caso de uma mordida no P1/P2. Fora esses casos, o QTA é estritamente proibido e pode resultar na perda do curso e em uma advertência verbal.

QTI (Heading to Incident): Informar que está QTI para uma QRU é essencial para evitar que mais VTRs do que o necessário respondam ao chamado. Tenha ciência de que, ao informar o QTI, você está ocupando a vaga de outra VTR, portanto, só vá a uma QRU se estiver a 1 km ou menos do local (exceto em casos de QRU de corredor ilegal e roubo/furto de veículo). Lembre-se, informar o QTI na rádio não garante sua participação na QRU. As primeiras viaturas a chegar no local são as que atenderão a ocorrência.

GPS e Modulação em Acompanhamento

GPS: O uso do GPS facilita significativamente o processo de acompanhamento, eliminando a necessidade de modulação constante. Quando uma unidade modular tem o visual ou está em um acompanhamento, o P2 pode solicitar a atualização do QTH (localização) e monitorar o andamento do acompanhamento pelo mapa, reduzindo a poluição na rádio.

Modulação: É essencial que a modulação seja clara e objetiva para não poluir a rádio, facilitando a localização e continuidade do acompanhamento pelas demais VTRs. Uma comunicação eficiente é crucial para o sucesso das operações.

Ultrapassagem: A ultrapassagem deve sempre ser realizada pela esquerda e em uma reta, nunca em curvas ou becos, e apenas com a autorização da primária. Nunca ultrapasse outra VTR sem permissão ou sem solicitar para assumir a posição de primária/secundária.

Distanciamento de Segurança: Manter o distanciamento de segurança durante uma QRU é fundamental para evitar acidentes, como MARRYs sendo derrubados ou colisões entre VTRs ou com o veículo acompanhado.

Limite de VTRs por QRU: Cada QRU tem um limite de 3 unidades. Abaixo estão listadas as regras de limite de unidades para diferentes tipos de QRUs.

Limite de Unidades por QRU

  1. Registradora/Eletrônico: Contingente máximo: até 4 unidades, sendo a 4ª unidade um DAF.

  2. Venda de Drogas: Contingente máximo: até 3 unidades, sendo a 3ª unidade um DAF.

  3. Furto a Veículo: Contingente máximo: até 3 unidades, sendo a 3ª unidade um DAF.

  4. Corredor Ilegal: Contingente máximo: até 3 unidades, sendo a 3ª unidade um DAF.

  5. Assalto a Residência: Contingente máximo: até 3 unidades, sendo a 3ª unidade um DAF.

  6. Situação de Código 5: Se caracteriza como prioridade, porém o limite é o bom senso.

Liberação de todas as unidades: Caso o indivíduo tente alguma manobra com seu veículo, geralmente com a utilização de rampas e/ou saltos, e o mesmo venha a furar algum de seus pneus, e não se entregue, será liberado então todas as unidades nessa QRU.

P.I.T e Código 5

Sobre o P.I.T (EXPLICAÇÃO, MAS É PROIBIDO EFETUAR ESSA MANOBRA): O Pursuit Intervention Technique (Técnica de Intervenção em Perseguição), conhecido como P.I.T, é uma manobra utilizada para desabilitar um veículo em fuga, fazendo-o rodar na pista. A técnica envolve um movimento preciso: a viatura policial deve alinhar sua dianteira com a traseira do veículo acompanhado, na altura dos pneus traseiros, aplicando uma força controlada para causar a perda de controle do veículo.

Do ponto de vista do P1, o contato é mínimo ou inexistente, pois a força é aplicada de forma a não danificar os veículos, mas sim induzir uma rotação no veículo perseguido, levando-o a parar. A execução correta do P.I.T depende de dois fatores principais: a habilidade de fazer o veículo perder o controle sem causar acidentes e a segurança da viatura durante a manobra.

Importante: Apenas a unidade FAST está autorizada a realizar o P.I.T, devido ao risco e à necessidade de precisão na execução da manobra (Mas somente em casos extremos será utilizada essa manobra).

Código 5 e Quando Aplicar

No Indivíduo: O Código 5 pode ser aplicado em situações onde o indivíduo oferece ameaça direta à guarnição. Isso inclui casos como:

  • Tentativa de jogar o veículo na água.

  • Apontar uma arma de fogo em direção aos policiais.

  • Entrar na água armado.

  • Jogar-se na água com o carro, especialmente se estiver armado.

Essas ações justificam o uso de força letal, incluindo disparos contra o indivíduo, para neutralizar a ameaça.

Nos Pneus: O uso de disparos contra os pneus do veículo é autorizado nas seguintes situações:

  • Se o veículo estiver envolvido em uma ocorrência e, enquanto é mantido sob vigilância pela viatura, o motorista iniciar um novo crime. Nesses casos, é permitido disparar contra todos os pneus para impedir a fuga.

  • Quando o indivíduo coloca em risco a vida dos policiais, como derrubar uma MARRY propositalmente ou colidir intencionalmente com a viatura, especialmente em áreas perigosas como grandes alturas. Nesses casos, é permitido disparar em um pneu com a autorização de um Sargento (SGT) ou superior.

Essas medidas são tomadas para proteger a integridade dos policiais e garantir a segurança pública.

Em Caso de Resgate e/ou Troca de Veículo

  1. Primeiro Resgate: Manter o acompanhamento do veículo.

  2. Segundo Resgate: Autorizado disparo em um pneu, ordenado por um DAF ou Sargento (SGT+).

  3. Resgates Consecutivos: Código 5 liberado para disparos em todos os pneus, com cadenciamento dos tiros, autorizados por um SGT+.

  4. Resgate de Corpos Abatidos: Código 5 liberado para abater, se necessário, o veículo pode ser inutilizado.

As viaturas que já estavam no acompanhamento podem realizar um breve QTA para abastecimento, mas devem garantir que haja apoio suficiente para que a QRU continue sem interrupções.

Prática

Na prática, os participantes irão aplicar tudo o que aprenderam na parte teórica. Cada participante deverá assumir a posição de P1 em sua viatura, onde será realizado um acompanhamento simples para discutir e exemplificar os pontos práticos. O instrutor escolherá o percurso para simular um acompanhamento real.

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